Viver Quixote
A Espanha comemora este ano o quarto centenário da edição do D. Quixote (que é das coisas mais divertidas que se pode ler, ou melhor petiscar, um capitulozinho aqui, um capitulozinho ali:). É claro que a figura impressiona/comove também pela sua nobreza anti-heróica, mas isso é já uma segunda leitura.Ora Espanha, a grande Espanha, editou o Quixote a um euro (escusado dizer que, quando lá fui, os trouxe literalmente aos molhos!)! E já venderam um milhão e duzentas mil cópias! E digo-vos que se lê perfeitamente (além de ser muito divertido andar à pesca naquele espanhol). Isto a propósito da edição do Público, mais cara do que a edição capa dura, de luxo, desta comemoração. Ambas as edições espanholas estão no site linkado.
Também lá podem encontrar bonitos relógios, t-shirts, marionetas, etc. Ah, e um delicioso DVD com desenhos animados do Quixote:)
posted by Anabela Rocha at 7:51 da tarde
2 Comments:
Cada vez que cá venho, leio cada post do princípio ao fim, e depois apetece-me deixar uma resposta/comentário em cada um, porque são todos tão interessantes.. Mas perco a coragem porque não sei por onde começar. Também fui ver a P. Baush, e também suponho que ela está bem a leste das implicações autárquicas decorrentes das possibilidade de 'haver espéctaculo'. Mas durante aquelas duas horas, who cares, really?!...
E pronto.
Tetealguidar
11:27
Para começar, obrigada pelas suas simpáticas palavras e pela sua coragem:)
Partilho da sua ideia de que é preciso alguma coragem para comentar em blogs onde habitualmente não se comenta ou comentam só os amigos:) Acho que há um fenómeno qualquer que faz com que poucos comentários gerem poucos comentários, ou mesmo nenhuns, e muitos comentários gerem muitos; uma espécie de massa crítica de comentários que, quando atingida, se perpetua - o que é aliás banalíssimo, pois significa que se constrói comunidade, e numa comunidade as pessoas gostam de falar umas com as outras.
Isto para dizer que, como também me parece óbvio, para quem, como eu, coloco links de comentários, é frustante nunca ter um comentariozinho:) Apesar de ser uma pessoa muito opinativa e assertiva, não me daria ao trabalho de fazer um blog se não gostasse de trocar dois dedos de conversa. Por isso lhe agradeço também.
Finalmente, quanto à Pina, tem toda a razão no que diz mas a questão continua a ser a seguinte: para quem pôde ver a questão pode ser "who cares?", mas para quem não pôde ver nem Pina, nem teatro português, ou ainda para quem não pode produzir esse teatro, a questão do desíquilibrio financeiro e má gestão que significou trazê-la cá mantém-se. Mas tenho a certeza que sabe disto tudo.
Até à próxima:)
12:52
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