Realismo ingénuo na indústria de jogos
Com o lançamento em breve duma nova consola de jogos com maior capacidade gráfica (a XBox 360 da Microsoft), a questão do valor do realismo nos jogos volta a colocar-se e é impressionante como, no afã técnico de melhorar os gráficos, ninguém parece ter aprendido nada com a literatura, o cinema, etc, ou seja, com outras formas cativantes de narrar ou produzir narrativa. Penso que, mesmo nos jogos imersivos (onde o jogador mergulha literalmente num ambiente virtual), o realismo pode não ser a melhor opção.
Para além da questão mencionada no texto (o problema de que quanto mais detalhe gráfico mais pequenos detalhes fugirão sempre a uma re-presentação "literal"), a questão fundamental a que um jogo tem sempre de responder é "porque vai dar gozo jogar este jogo?" E, a esta pergunta, poucos, e meramente temporários, serão os tipos de jogos que responderão: o realismo dos gráficos.
Por cá, quem me parece que melhor estudou esta questão dos jogos foi João Maria Mendes, na sua tese de doutoramento, já publicada (e de que não me lembro o nome, desculpem).
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