SOS Doentes mentais
Como cidadã das margens, tendo já experienciado períodos de doença mental (elas não matam, mas moiem), sou muito sensível às necessidades de pessoas tão sofredoras como os doentes mentais, e das suas famílias.
As notícias que correm do fecho, precipitado, de um dos hospitais psiquiátricos de Lisboa são preocupantes. É claro que aqui, como em todas as situações de possível re-inserção social de cidadãos nas margens da sociedade, sou a favor da des-institucionalização. Mas cuidadosamente preparada e tendo sido imensamente reforçados os serviços e redes sociais de apoio, formais e informais. Mas, mesmo em países onde isso foi feito, consta que em 10 anos na Austrália e não de um dia para o outro, aumentaram 80% os internamentos psiquiátricos nos hospitais gerais - também para isso é preciso criar estruturas e recursos.
Por fim, mandar para a rua centenas de pessoas das quais as famílias têm dificuldade em cuidar, e candidatas ao abandono, a uma vida de sem-abrigo, é totalmente desumano e apenas acontece porque essas pessoas não votam e, já no presente, têm poucas pessoas que votem a pensar nelas. Uma imensa vergonha, é o que é.
0 Comments:
Enviar um comentário
<< Home