In(Fem)land Empire
Estas coisas continuam a surpreender-me, devo ser mesmo ingénua... Como é que não vejo ninguém a afirmar que este filme é uma reflexão radicalmente feminista?! Não só é afirmado explicitamente o poder das mulheres (na canção final), como o filme encerra ainda com a imagem duma face duma mulher negra (símbolo por excelência dum feminismo mais diversificado), como, principalmente, todo o filme é sobre como representar o desejo feminino, ou melhor, como representar o desejo com as contribuições do feminino, as suas formas de identificação, as suas formas de encenação, as suas relações com os medos, as suas formas de diversificação - que mais pode significar o centramento do filme em Laura Dern, à procura de si, como mulher e actriz, e transmitindo essa sua procura a uma actriz mais nova?
O filme é radicalmente feminino porque, em vez de responder teoricamente a estas questões re-presenta-as, cinematografiza-as, transfere os seus mecanismos (do olhar feminino) para os mecanismos cinéfilos (do olhar do realizador e dos espectadores). Um portento que dará muito que falar.
O filme é radicalmente feminino porque, em vez de responder teoricamente a estas questões re-presenta-as, cinematografiza-as, transfere os seus mecanismos (do olhar feminino) para os mecanismos cinéfilos (do olhar do realizador e dos espectadores). Um portento que dará muito que falar.
2 Comments:
eu n diria radicalmente feminino, diria mais radicalmente feminista
00:49
Tens toda a razão João, era isso que queria dizer.
08:20
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