Blog duma gaja... bem... esquisita, estranha, tarada:) Enfim... queer!

9.25.2005

Limites, completudes e fechamentos

Bem, já que ninguém comenta o meu post relativo à beleza e à frivolidade (supostamente deste blog também), comento eu:)
Digamos então o seguinte:
1) desconfio sempre terrivelmente quando me vêem dizer que uma dada realidade ou conceito é "O limite da crítica"; por um lado porque não vejo porque seria aquela realidade, a beleza, o tal limite e não outra, que goze de igual tradição de se ver sistematicamente incluída no discurso dos limites da razão, como por exemplo o amor, o desejo, etc
2) para mim, dizer uma coisa dessas, significa simplesmente que há determinadas coisas que não são interessantes de associar, por exemplo uma palavra a uma obra por alguém considerada bela
3) o que não significa que não existam outras coisas interessantes de associar (constituindo assim uma série sobre a qual se pode e deve reflectir), como por exemplo uma obra de arte a outra obra de arte (não tendo que ter ambas o mesmo tipo de suporte e de (i)materialidade)
4) significa isto que também desconfio quando me vêem dizer que algo é completo, pois que, para mim, isso equivale a ser fechado (o que considero profundamente desinteressante)
5) o glamour e a frivolidade (assim como a não-bondade) estariam aqui na paixão pelas belas séries (sem referenciais universais que as fixem) e seus novos territórios

Concluindo, o que se poderia dizer a Jeremy Gilbert-Rolfe é que o que é necessário é outra forma de reflectir ou fazer crítica das artes, forma essa que promoveria o que tanto o preocupa (legitimamente), ou seja, que a arte volte a ser olhada e não só lida.