Desigualdade social continua a aumentar
Portugal continua a marcar pontos num dos principais índices de sub-desenvolvimento mundial: o fosso entre pobres e ricos. Neste fosso já somos dos primeiros, mas a diferença continua a aumentar! Sinal de subdesenvolvimento que se alastra ainda mais se soubermos que 70% dos dirigentes laborais em Portugal têm menos formação que os subordinados...
Também no trabalho por conta de outrém os homens continuam a ganhar em média 30% mais do que as mulheres...
Por fim, que impostos pagam estas pessoas? Como é possível termos a média de descontos que temos se temos esta média de remuneração por conta de outrém? Pois é, sou funcionária pública, ganho mal, e pago de impostos mensais um valor que é igual a 50% do que efectivamente ganho... E consideram-me pertencente à classe média, sem direito a montes de apoios e subsídios que todos os que não os pagam têm...
"O ganho médio mensal dos trabalhadores por conta de outrem em Portugal situava-se, em Abril do ano passado, nos 945,39 euros, segundo um estudo da Direcção-Geral de Estudos, Estatística e Planeamento (DGEEP). Por hora, os trabalhadores ganharam entre 5,54 euros e 5,05 euros.
O estudo sobre "Ganhos e Duração do Trabalho" revela ainda que, no mesmo mês de 2005, um trabalhador com cargo de direcção auferia um ganho mensal 300% superior ao de um operário indiferenciado, registando um aumento salarial de 8,6% em relação ao mesmo mês do ano anterior. Esta diferença salarial é ainda mais significativa quando se compara os valores das remunerações base. Os dirigentes recebem um ordenado base superior em 354% ao dos operários.
Na análise da evolução das remunerações, o estudo da DGEEP conclui que genericamente os ganhos dos trabalhadores sofreram um aumento real de 2,2% em relação ao mês anterior.As diferenças continuam também na comparação entre sexos. Em Abril de 2005, os homens ganhavam em média 1051,78 euros, um aumento homólogo de 4,5%, e as mulheres 791,81 euros, mais 4,2%. O inquérito conclui que 4,8% dos trabalhadores por conta de outrem a tempo completo estavam abrangidos pelo salário mínimo nacional (374,70 euros). "
(JN de hoje)
4 Comments:
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12:19
Portugal, Portugal
Tiveste gente de muita coragem
E acreditaste na tua mensagem
Foste ganhando terreno
E foste perdendo a memória
Já tinhas meio mundo na mão
Quiseste impor a tua religião
E acabaste por perder a liberdade
A caminho da glória
Ai, Portugal, Portugal
De que é que tu estás à espera?
Tens um pé numa galera
E outro no fundo do mar
Ai, Portugal, Portugal
Enquanto ficares à espera
Ninguém te pode ajudar
Tiveste muita carta para bater
Quem joga deve aprender a perder
Que a sorte nunca vem só
Quando bate à nossa porta
Esbanjaste muita vida nas apostas
E agora trazes o desgosto às costas
Não se pode estar direito
Quando se tem a espinha torta
Ai, Portugal, Portugal
De que é que tu estás à espera?
Tens um pé numa galera
E outro no fundo do mar
Ai, Portugal, Portugal
Enquanto ficares à espera
Ninguém te pode ajudar
Fizeste cegos de quem olhos tinha
Quiseste pôr toda a gente na linha
Trocaste a alma e o coração
Pela ponta das tuas lanças
Difamaste quem verdades dizia
Confundiste amor com pornografia
E depois perdeste o gosto
De brincar com as tuas crianças
Ai, Portugal, Portugal
De que é que tu estás à espera?
Tens um pé numa galera
E outro no fundo do mar
Ai, Portugal, Portugal
Enquanto ficares à espera
Ninguém te pode ajudar
Ai, Portugal, Portugal
De que é que tu estás à espera?
Tens um pé numa galera
E outro no fundo do mar
Ai, Portugal, Portugal
Enquanto ficares à espera
Ninguém te pode ajudar
Jorge Palma
A letra não ajuda, não consola...
Ainda hoje acordei a perguntar qual o papel de um estado num estado como o nosso:
a) Garantias socias: cada vez menos ou privadas;
b) garantias de justiça: é mais fácil acertar no euromilhões (o que tb era uma boa solução).
Afinal para quê queremos um estado?
15:09
C_mim: e então o comentário matinal? Foi-se?:)
Bem, mas já que era sobre a mesma coisa digo-te: o Estado continua ter um papel de regulador fundamental; não conseguirá é tê-lo sozinho. Tem que se globalizar, que construir instâncias internacionais de regulação fortes.
Por outro lado, o Estado deve ser facilitador de determinadas experiências sociais.
E, por fim, o Estado deve ser o principal actor na luta contra todo o tipo de exclusões.
Tudo isto é praticável. Não é o Estado que é impraticável. O que é impraticável é o nível de corrupção existente nos nossos agentes económicos e políticos... O que é impraticável é a falta de solidariedade de todos... O que é impraticável é a falta de valorização da cultura e da formação de muitos... O que é impraticável é vivermos ainda num país em que há terror da pobreza e da desclassificação social, mesmo quando já se calcou muitos para se chegar ao BMW e ao apartamento novo... O que é impraticável é a total falta de auto-estima (não a dos pobres; a dos ricos...)...
17:56
É pá!! Meio a brincar, meio a sério: candidata-te, tens o meu voto.
O post matinal tava cheios de erros, que eu escrevo a correr e depois faço muitas galinhadas. Esse tinha tantos que até tive vergonha e apaguei.
19:38
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