Blog duma gaja... bem... esquisita, estranha, tarada:) Enfim... queer!

2.24.2006

Os valores do cidadão JMF

Agora vi que o famoso editorial termina assim:
"O facto de se poder discordar radicalmente de tal opinião será que autoriza a sua criminalização?Não, como não devia autorizar que a contestação do Holocausto fosse um crime ou que pudessem ser perseguidos na justiça os que praticam a blasfémia.
Nestas matérias, como em tantas outras, os clássicos ainda nos ajudam, e por isso valerá a pena citar Edmund Burke: "Não é o meu advogado que me diz o que posso fazer, mas o que o meu sentido de humanidade, de razão e de justiça me diz que devo fazer." Burke não precisava de leis, mas de valores. À falta de valores, nós vamos multiplicando as leis. Os resultados estão à vista."
Ó sr. Director, não seja falsamente ingénuo! O bom senso cartesiano sempre foi o bom senso DO DESCARTES, e não a coisa mais bem distribuída do mundo como ele dizia. Assim como os valores que o sr. reclama existem sim; não existem é só os seus! (olha que chatice, né?) E é por não existirem só os valores e as formas de vida dominantes que os tribunais têm de velar pela vida digna dos valores e formas de vida dominados.