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2.23.2006

Des-sexualização lésbica

Beatriz Gimeno acaba de publicar o seu primeiro ensaio, “Historia y Análisis Político del Lesbianismo. La liberación de una generación".
Eis alguns fragmentos divulgados:
"Yo escogí ser lesbiana y viví mi lesbianismo como una liberación personal. Hacerme lesbiana me hizo más libre y me gustaría que muchas mujeres supieran que esta posibilidad existe y está abierta para cualquiera."
"Nuestro lesbianismo no es vivido como una orientación sexual, esencial e inmodificable, sino como una opción personal y política."
"Muchas mujeres a lo largo de la historia han sido desleales a la civilización patriarcal, muchas mujeres se han resistido a ser metidas a la fuerza en esa categoría opresiva de "mujer" y han luchado por poder construirse un destino y un estilo de vida que les permitiera poder sentirse seres humanos, y a muchas de esas mujeres hoy las llamaríamos lesbianas."
"La pregunta "¿Dónde están las lesbianas?" exige, en mi opinión, una respuesta política. Son muchas las historiadoras feministas que han rastreado la historia en busca de lesbianas. Para ello han tenido que manejar un concepto amplio de lesbianismo, entender éste como un lugar social y político en el que el interés sexual por otra mujer no puede ser el único criterio para poder definir a una mujer como lesbiana."
"La pregunta es la siguiente: ¿Es posible para las mujeres escoger su objeto del deseo de manera que éste corresponda con lo que es una opción política y vital? Es posible y vamos a intentar explicarlo."
Gimeno pretende aprofundar teoricamente o lesbianismo em Espanha, o que é muito louvável. No entanto, com esta teoria do lesbianismo como opção política possível para todas as mulheres, e não político-sexual (des-sexualizando o lesbianismo das lésbicas, portanto), não andará muito para a frente... É o risco de visões excessivamente universalizantes. De facto, explicita apenas um lesbianismo político datado; eventualmente, como diz o título, o de algumas lésbicas espanholas da sua geração (porque, do ponto de vista anglo-saxão, é bem mais anterior).

2 Comments:

Blogger Grace said...

Este comentário foi removido por um gestor do blogue.

14:24

 
Blogger Anabela Rocha said...

Grace, a minha crítica não é bem por aí. Não tenho nada contra quem tem práticas homossexuais tardias, nem contra quem se identifica como hetero, ou bi ou homo, e depois muda, e etc.
Por outro lado, também não acho que a pessoa que se identifique sempre como lésbica sempre seja necessariamente (lá está: a orientação sexual nada tem a ver com a expressão de género).
Agora, realmente afirmar que um determinado desejo e prática sexual acontece principalmente como resposta política, aí sim, parece-me redutor - seria o tal capricho político (no sentido de que não existiria também uma questão especificamente de desejo envolvida; porque, em boa verdade, a dose de coragem envolvida, mesmo que seja pensado apenas principalmente como opção política, é grande e não deve ser chamada de capricho - devemos, mesmo assim, estar muito agradecidas a estas pessoas pela sua coragem política). Mas falta coragem sexual, político-sexual...

17:42

 

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