Ainda os PNAI
Há dias o Público dedicou o seu tema aos PNAI (Planos Nacionais de Acção para a Inclusão) aparentemente mostrando-se surpreendido com o facto dos indicadores aferidos por esses planos terem piorado e não melhorado ao longo da sua execução.
Ora, se não me engano o PNAI que se prepara é já a terceira leva de PNAIs nos países da UE e a avaliação que a Comissão Europeia tem feito dos PNAIs portugueses tem sido sempre a mesma: falta de operacionalização dos objectivos (ou seja, não há vontade política para assumir objectivos concretos e fica-se por enunciações vagas e gerais) e falta de calendarização dos mesmos (ou seja, é tão vago, tão vago, que não se pode dizer com clareza quando foi atingido este ou aquele objectivo). Por outro lado, também tem sido criticado o facto do plano se centrar na pobreza e descurar a grande diversidade de factores de exclusão social. E também tem sido criticado a falta de estruturas nacionais de apoio directo ao cidadão. E o facto de não existirem suficientes procedimentos de auscultação das ONGs envolvidas. Portanto, é bem fácil perceber porque temos andado para trás e não para a frente, só não vê quem não quer ver.
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