A actividade reprodutiva feminina
A tese mais importante do livro "A história da vagina" centra-se num rever do papel reprodutivo da mulher e inicia com a seguinte consideração: a fêmea com fertilização interna, graças aos seus genitais, não precisa de produzir tantos óvulos, sendo que uma vagina garante uma separação entre o local de depoisção dos espermatozóides e o da fertilização, dando às mulheres uma selectividade sobre quais os espermatozóides que fecundarão os seus óvulos. Esta selectividade serve-se de múltipos processos e factores, sendo portanto profundamente activa (ao contrário da imagem tradicional de passividade da fêmea e actividade do espermatozóide).
Um dos factores é a constituição física, muscular e química da vagina, através da qual a fêmea elimina e e jecta muitos espermatozóides indesejáveis. Outro factor é a fraca motilidade dos espermatozóides que precisa de ser activamente incentivada por fluídos e musculatura femininos para ganhar velocidade eficaz para a viagem. Outro factor é que tem de ser o óvulo a iniciar a fusão com o espermatozóide (este não penetra o óvulo mas é por ele engolido). E finalmente, supõe-se ainda que é a fêmea que escolhe que conjunto dos seus cromossomas ovulares vai fundir-se com os cromossomas do espermatozóide.
Deste controlo feminino resulta a explicação da razão pela qual a frequência da cópula não é proporcional ao número de gravidezes, podendo mesmo ser inversamente proporcional. É dado o exemplo duns chimpazés em que a probabilidade de emprenhar é maior quando a fêmea copula só com um macho por ela escolhido (com o qual copula 5/6 vezes por dia), do que quando copula com o grupo (caso em que copula cerca de 30 vezes por dia). Nesta espécie dois por cento das cópulas praticadas pelas fêmeas (as tais com macho escolhido) levam a 50% das gravidezes!
É caso para dizer, "e esta, hein?" Lol
6 Comments:
´viste o ultimo numero da revista nada? logo o primeiro artigo....
17:42
Não, porquê?
16:06
hm... rectifico, o 2º artigo agora q o tenho na mao:
shannon bell trabalha com tecidos vivos de modo q se vem chamando bioarte. cultivou 2 falos e um dedo grande do pé. um dos falos é um molde do interior da sua vagina. o outro é de um dildo. talvez mais o objecto que a maneira comon os é mediado pelo artigo. algures entre preciado e haraway. eu, pelo menos sorri.!
02:58
Pois, o problema desta tese é precisamente a questão da simetria dos órgãos, espelho da tese da simetria dos géneros.
Por isso, espero que o dildo criado não seja realisticamente peniano e seja bem eficaz:))))
15:31
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23:02
Brigada Grace! É um show!
19:44
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