Por casa
Spider Lilies, vencedor do Teddy deste ano, é um filme lésbico poético e faz uma reflexão interessante sobre formas de inscrição no corpo (de acontecimentos, memórias, tatuagens, etc) real e virtual (uma das personagens é uma web-girl, uma prostituta-web).
No entanto, do ponto de vista duma análise crítica das sexualidades, levanta uma questão delicada, que brevemente estará por todo o lado: se as crianças estão a apaixonar-se cada vez mais cedo, não se apaixonarão também por adultos? Em que forma é essa paixão diferente daquelas que sempre relataram (mesmo antes desta época de invasão das crianças pelas práticas comunicacionais, nomeadamente amorosas, adultas)? Independentemente da concretização sexual (homo/hetero) dessas paixões, enquanto paixões, inscrevem-se de forma diferente das paixões adultas?
No filme a concretização sexual da relação só é apresentada na adolescência da personagem, mas não é claro quando terá começado. E perdura (muito à volta dum imaginário da estudante adolescente asiática). O que levanta a questão altamente incómoda e proibida de a partir de quando e em que circunstâncias é um amor sexual entre uma criança e um adulto/adolescente tolerável?
Curiosamente, os quadros conceptuais da pedofilia alterar-se-ão, não por força dos pedófilos (como aconteceu com as associações gays men-boy love), mas por força da evolução das próprias crianças...
1 Comments:
as leis da pedofilia comecaram a ser elaboradas para evitar o abuso. mas o sentido perverteu se historicamente e a anti pedofilia tornou se um fim em si.
sim , apaixonei me por adult@s e quis ter sexo com adultq@s desde muito cedo. e ha mais como eu. e ha "criancas" (por definicao legal) que flirtam pujantemente.
como resolver a questao duma maneira justa: nao sei de todo. mas a legislacao actual é histrionica.
16:33
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