Visibilidades femme
O meio associativo lgbti português não é muito dado às femmes. Também conheço poucas na noite lisboeta classe média. Onde parecem existir mais são nas classes mais baixas (nas tardes tradicionais do Memorial) e mais altas (as clássicas lipstick).
Tenho para mim que o femme é tão drag quanto o drag king - mas tem problemas de aceitação e integração nas comunidades lésbicas que não aceitam bem isto. Pensam que são desculpas bissexuais ou defesas contra a homofobia (interior e exterior). Nalguns casos serão, mas em muitos serão apenas outra expressão de género lésbico, um drag queen lésbico.
Penso que a comunidade lésbica classe média de Lisboa está a passar por uma fase de expansão das masculinidades femininas - só se vêem lésbicas butch. Esta fase continua a ser particularmente opressora para as femme.
Por outro lado, e tenho reparado isso com os casamentos lésbicos do Reino Unido, a imprensa tem publicado mais fotos butch do que nunca, seguindo um caminho inverso (indo dum estádio em que parecia que a única lésbica mediaticamente aceitável teria de ser feminina para representações lésbicas butch).
Enfim, tudo suposições e reflexões introdutórias que merecem estudo mais sustentado...
3 Comments:
So, desaparecida em combate? Para quando o regresso do heroi?
20:08
De que anti-herói falas? Da femme? Da activista associativa? Da queer? Está cá tudo e tudo mudou:)
Abraço
09:32
:) tambem desapareci. Bom, és uma desaparecida em varias camadas...sobretudo do blog. Aceita um olá de uma colega de profissão e disciplina.
Qd voltas?
11:56
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