Com inimigos assim temos muitos e bons amigos:)
Não há qualquer problema que as vozes que se façam ouvir contra o casamento civil (que nada tem a ver com matrimónio) por homossexuais sejam as que são habitualmente, mesmo quando são outras as questões em discussão, fundamentalistas cristãs, ou machistas, ou dum humanismo bacoco. Isso só mostra que as nossas posições podem perfeitamente e pacificamente ser defendidas por um cristianismo progressista, ou por um feminismo, ou por um humanismo contemporâneo; ou seja, pela maior parte dos habituais actores políticos, sem que isso represente, conforme bem salientou Jorge Coelho, nada de excepcional, ou questão particularmente saliente. Trata-se apenas de actualizar (resolvendo contradições jurídicas internas) um Estado de direito humanista, cristão e anti-patriarcal - simples, não?
3 Comments:
Muito simples e muito bem vistas as coisas desta forma. Gosto de ver/ler.
12:41
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21:17
Grace:
Eu acho isto mesmo simples e não estou a ser irónica - é uma lógica de coligação que já tenho constatado algumas vezes na política portuguesa.
Por outro lado, penso que o povo português tem evoluído realmente no que à diversidade e tolerância diz respeito, ao ponto da maior parte das pessoas ser indiferente a se casamos ou não, e achar bem termos os mesmos direitos, principalmente no que à gestão dos nossos bens diz respeito. Já viste as mais recentes sondagens?
E, por fim, penso que os políticos, pelo menos os de esquerda, já perceberam que basta simplesmente respeitar o Estado de Direito e que nada de extraordinário se passa.
08:59
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