Capote
Penso que o actor merece o Óscar. Digo já isto de caras para não pensarem que não atentei nas características da representação.
Mas para mim a grande questão do filme é esta: o que implica testemunhar? Será realmente possível, como afirma Fernanda Câncio, mergulhar e sair do mergulho ileso? Ligar e desligar o interruptor? Ou não será este mais um mito da objectividade jornalística, documental, das ciências sociais? Penso que sim, por uma razão simples: nós não conseguimos ser indiferentes ao humano, ao Outro, mesmo que não nos identifiquemos com ele. Nós somos sempre esta relação com ele, não resistimos a re-negociá-la, mesmo quando mergulhamos de escafandro:)
É assim como com o amor: nunca se sabe quando ligamos e desligamos o interruptor. Ou já lá estamos ou já não estamos:)
2 Comments:
mas, anabela, eu nunca disse que se saía ileso. nope. on the contrary
16:18
Ok f.:) Assim já nos entendemos melhor: podemos querer descansar, não ver utilidade naquilo, desligar o interruptor. Mas não está no nosso feitio, no feitio das pessoas, des-ligar; não se realmente mergulhamos; não sem que algo mexa por dentro, né?
10:38
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