Sábados no Maria Lisboa
Sim, era eu, a criatura muito pouco noctívaga, na party late night ontem, na minha primeria ida a este novo espaço. E tenho a dizer que acho que está ali muito mais em jogo do que pode parecer. E que muito me agradaria que a gerência tivesse essa noção, sem ter de prejudicar o negócio, o que é compreensível.
De facto, e no seguimento da Lesboa, parece que chegou finalmente a hora de Lisboa ter uma disco, moderna, arejada, com noites lésbicas fortes. Isto porque parece haver clientela suficiente para encher a casa, digamos de 3 em 3 semanas talvez, e depois vejamos se com mais frequência. Veja-se como começaram a grandes discos lésbicas madrilenas. E estes espaços, onde se reúne suficiente massa crítica e segurança, nunca são meras festas.
Por outro lado, fiquei desagradada com a ausência de sensibilidade/insinuação lésbica do show de bailarinas que vi (o das quatro); parece-me que não é difícil arranjar pessoas profissionais o suficiente, quer sejam ou não lésbicas, para agradar um pouco mais à sensibilidade lésbica da casa que, ontem, era seguramente de pelo menos 50%. Olhava para aquelas louras tenrinhas magrelas e pensava que preferia mil vezes uns pares ou trios lésbicos (não sei se aquela barra dá para mais), com look até bem menos heterocompulsivo, até bem menos profissionais, a encenar umas coreografias bem mais lésbicas:)
Deste meu desagrado penso ter dado conhecimento a quem de direito (a simpática dona do Lábios de Vinho), de quem aguardo uma leitura inteligente do contexto. Aproveito para elogiar os preços acessíveis (no contexto das discos lisboetas) e a honestidade, já marca do simpático bar no Bairro Alto, de não querer ganhar tudo numa noite.
6 Comments:
Que tal nao terem bailarinas de todo?
porque é que uma festa lésbica tem de ser fixada no erotismo?
nao é que seja contra, mas chateia me que a enfase seja sistematicamente posta no sexo/erotismo.
15:55
Tens toda a razão mas a questão é que por cá ainda não vi nada que se assemelhasse a um show lésbico, não necessariamente centrado no erotismo, ou lesboqueer, se preferirmos.
Por outro lado, a disco não pretende assumir-se como lésbica, tanto quanto sei, nem essas noites pretendem ser inteiramente lésbicas, querendo com isto dizer que o show tem de agradar a gregos e troianos; parece ser essa a estratégia comercial, por agora, com todas as ambiguidades que isso acarreta (e que serão dirimidas entre as clientes e a gerência, com o tempo).
Este apontamento é uma tentativa de conciliar todos esses aspectos.
Se me perguntares se preferia ter uma casa lésbica com shows lésbicos, claro! Mas o investimento não é meu e não me compete a mim moralizá-lo. Pretendo apenas negociar o que me parece negociável.
17:29
o Chapitô, as acrobatas 'lésbicas'
18:50
As loiras são magricelas porque provavelmente ainda são tenrinhas, ou seja, com o passar do tempo existirá a probabilidade de engordarem um pouco e ficarem mais apetecíveis. Quanto ao facto de serem louras e sendo o povo português maioritariamente de cabelos e olhos escuros (e muito inteligente:)), bem que podiam ter contratado umas boas morenaças.
O problema é que as “coreografias bem mais lésbicas” podiam provocar um aumento da libido e depois aquilo ainda acabava numa orgia:).
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Ontem, num chat tive conhecimento, por parte duma pessoa que por lá andava e dizia ser escritora, da apresentação do seu Livro (Amor no feminino), estreia como Drag
King Performer e do seu blog http://eueaarte.blogspot.com/ .
00:23
Blind date, obrigada pela dica.
Corrijo: já vi um show drag king sim. Razoável. Mas não era adequado a uma disco daquela dimensão e dinâmica.
Boa sorte para a tua amiga!
23:59
maria lisboa sucks!!!!
21:52
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