Blog duma gaja... bem... esquisita, estranha, tarada:) Enfim... queer!

12.28.2006

L Word again

Um amigo atencioso:) enviou-me o link do promo da nova série! É já a 7 de Janeiro.

Exigências trans

A Ilga Portugal divulgou recentemente um excelente documento com as exigências da comunidade trans portuguesa. Das coisas mais completas que já vi, parabéns!

12.20.2006

Por casa

Do prolífero filósofo e psicanalista Slavoj Zizek, The Pervert's Guide to Cinema - Lacanian Psychoanalysis and Film, um documentário interessante.
Também interessante, mas num registo mais leve I viaggi di Nina, documentário sobre a viagem duma jornalista supostamente hetero na diversidade lésbica italiana (que não deve andar muito longe da nossa, daí o particular interesse).

12.15.2006

Ainda os contos

Criei uma pequena página com algumas respostas a questões que me têm sido colocadas sobre a colectânea que pretendo publicar.
A página está sujeita a alterações, mais questões existam e mais boas sugestões apareçam.

Políticas anti-discriminação na UE

Um novo vídeo está disponível aqui. Boa ideia seria pedir o guião e fazer a legendagem para português...
Mas este é um vídeo bastante auto-promocional do próprio programa, bom para iniciar activistas e dirigentes. Melhores são os vídeos de divulgação em português aqui.
Aqui a página de 2007, Ano da Igualdade de Oportunidades.
O novo programa de políticas anti-discriminação da UE 2007-2013 chama-se Progress e está aqui.

12.13.2006

Finalmente!

Reconhecimento histórico de organizações LGBT nas Nações Unidas: uma das regiões da ILGA e dois dos seus membros obtiveram estatuto consultivo.
Ontem, 11 de Dezembro de 2006, o Conselho Económico e Social das Nações Unidas (ECOSOC) atribuiu estatuto consultivo a três organizações LGBT: à ILGA Europa - a região europeia da International Lesbian and Gay Association, e às associações nacionais LGBT da Alemanha e da Dinamarca, LBL e LSVD respectivamente. O estatuto consultivo atribuído pela ECOSOC permite que estas ONGs entrem nas Nações Unidas, participem no seu trabalho e falem em seu nome próprio. Até este momento nenhum outro grupo LGBT tinha tido este direito, com a excepção da COAL, a Coligação de Activistas Lésbicas, um grupo baseado na Austrália.
"A homofobia de estado foi atingida e não será mais vista como algo defensável", afirmou Rosanna Flamer Caldera, Co-Secretária Geral da ILGA. "É um momento muito especial para o movimento LGBT: esta decisão histórica segue os passos da declaração feita pela Noruega no Conselho de Direitos Humanos da ONU em nome de 54 países, impulsionando essa entidade a contemplar a orientação sexual e identidade de género."
A ILGA, uma federação de 550 grupos LGBT em todo o mundo, tem trabalhado durante vários anos para que a orientação sexual e a identidade de género sejam assumidas nas Nações Unidas. O primeiro discurso na ONU relativo a direitos LGBT foi conseguido em seu nome em 1992. Em 2006, a ILGA teve a sua conferência mundial em Genebra, na sede europeia das Nações Unidas e organizou quatro painéis em temas LGBT na segunda sessão do Conselho de Direitos Humanos.A ILGA também começou uma campanha para ter um número cada vez maior de grupos LGBT a requerer estatuto ECOSOC. Numa clara demonstração de desconforto e numa tentativa de evitar qualquer debate nos tópicos de orientação sexual e identidade de género, países com assento na ECOSOC adiaram o debate, usando manobras burocráticas de uma reunião para outra. "A última reunião da ECOSOC é a quarta este ano onde os países tiveram que debater estes requerimentos de grupos LGBT," esclareceu Rosanna Flamer-Caldera."Alguns estados argumentam ou temem que estaremos a pedir direitos especiais e estão a usar esta evasiva como um álibi para bloquear a nossa entrada na ONU, " afirmou, continuando que "isto não é uma questão de direitos especiais. É uma questão básica de equidade e universalidade dos direitos humanos. Nós exigimos o direito de não ser discriminados negativamente com base naquilo que somos, como pessoas gays, lésbicas, bissexuais ou trans. A nível internacional, este processo começa com as Nações Unidas reconhecendo o mero facto que as pessoas LGBT existem,, e que se podem organizar em grupos e, como tal, participar no trabalho da ONU e protestar contra muitas das violações de direitos humanso que ainda sofremos em todo o mundo."A ILGA agradece o apoio de muitas ONGs a esta campanha - com especial reconhecimento à Arc International e ISHR, o Serviço Internacional para Direitos Humanos. Em 2007, os pedidos de sete outros grupos LGBT serão avaliados pelo ECOSOC." Tradução de João Paulo - PortugalGay
Um importante passo para se conseguir o reconhecimento de IDAHO.

12.10.2006

Resistir

Deleitada por voltar à literatura e ao cinema, mergulhei entre outras coisas no fantástico "In and out of time - lesbian feminist fiction", colectânea de contos feministas de autoras lésbicas, e ocorreu-me que podia embarcar noutro desafio que talvez ajudasse a criar espaço para aquilo que o nosso país realmente precisa, outras vozes.
Divulgo aqui em primeira mão, mas agradeço que passem palavra, o seguinte: tenciono coligir uma colectânea de contos lésbico-feministas de autoras lésbicas (cis ou transgénero) de expressão portuguesa (incluindo portuguesas, africanas, brasileiras) e tenciono publicá-la, ou pelo menos criar as condições para a sua publicação. Estão desde já convidadas a enviar textos para o seguinte email (no corpo do email e não em anexo!): anabelarocha2005@gmail.com . O prazo limite de envio dos textos é 31 de Maio de 2007. Aceitam-se textos sob pseudónimo. Talvez se venha a chamar mesmo Resisitir:)

D(r)esisitir

Desisti do meu mestrado. Por uma série de motivos: nenhum impacto na minha carreira docente; falta de dinheiro nas faculdades para ter esperanças num qualquer departamento queer para breve; recusa de publicação de dois artigos meus pela RCCS. E outra ordem de razões: Cesariny morreu e a minha vida não está nem um décimo à altura do exemplo daquilo que eu gostaria de dar, quanto ao valor vital da poesia, da literatura, das artes; a minha vida pessoal e social estava a ressentir-se, e num momento em que posso ser particularmente feliz; estou farta de ir sempre pelo caminho mais árido.
Pensei como continuar a resistir e tenho duas pequenas respostas: a primeira um enorme agradecimento à Cris por me ter encomendado um artigo e por ter acreditado tanto nele (principalmente o desafio para "Novos feminismos e lesbianismos: caminhos queer", que gentilmente considerava o artigo que mais lhe agradava no número Queer da RCCS que preparava e que agora vai sair sem ele) . Publico-o no meu Zona Queer, por enquanto, porque não acredito em trabalho na gaveta e também porque não é assim tão fácil calarem-me:)
O segundo artigo é já de Dezembro do ano passado, e é uma leitura queer do Boaventura:) Apesar de mais facilmente publicável também penso que chega de estar na gaveta à espera.
Mas ficam alertados para a falta de qualidade:))) Não digam que não avisei:)

Ubuweb

YouTube pode ser o portal multimedia generalista, mas andam por aí coisas bem interessantes bem mais específicas, como esta que o Mouzo me deu a conhecer, Ubuweb. Eis parte do texto de apresentação do projecto:
"Concrete poetry's utopian pan-internationalist bent was clearly articulated by Max Bense in 1965 when he stated, "…concrete poetry does not separate languages; it unites them; it combines them. It is this part of its linguistic intention that makes concrete poetry the first international poetical movement." Its ideogrammatic self-contained, exportable, universally accessible content mirrors the utopian pan-linguistic dreams of cross-platform efforts on today's Internet; Adobe's PDF (portable document format) and Sun System's Java programming language each strive for similarly universal comprehension. The pioneers of concrete poetry could only dream of the now-standard tools used to make language move and morph, stream and scream, distributed worldwide instantaneously at little cost.
Essentially a gift economy, poetry is the perfect space to practice utopian politics. Freed from profit-making constraints or cumbersome fabrication considerations, information can literally "be free": on UbuWeb, we give it away and have been doing so since 1996. We publish in full color for pennies. We receive submissions Monday morning and publish them Monday afternoon. UbuWeb's work never goes "out of print." UbuWeb is a never-ending work in progress: many hands are continually building it on many platforms."

Viver seropositivo

Celebrou-se recentemente mais um Dia Mundial. Confrontada com a tristeza de ter amigos lgbtis que ainda sofrem em silêncio o HIV interroguei-me se, dentro das comunidades lgbtis, não haverá ainda muito a fazer contra a discriminação. Penso que sim. E penso que não é por acaso que procurei na minha mente blogs de lgbts portugueses seropositivos e não me veio nenhum à cabeça. Maior motivo ainda para enviar um abraço de coragem, perseverança e alegria, a este senhor. Beijinhos, obrigada.