Blog duma gaja... bem... esquisita, estranha, tarada:) Enfim... queer!

4.30.2006

Richard Foreman

Fui ouvi-lo ontem.
Nunca vi nada dele. Mas durante a conferência passaram... imagens.
O André andava histérico com ele, fui então espreitar este dramaturgo-filósofo.
Como não podia deixar de ser nos nossos tempos é um homem que eu caracterizaria principalmente como um homem cheio de contradições e dúvidas. Ou, como ele disse, um homem que tem bem noção do valor de hesitar, parar... e experimentar diferente.
Suponho que o propósito de ter escolhido o tema da morte do inconsciente ontem se deve ao facto de muitos poderem ter uma leitura incorrecta do papel do inconsciente no seu trabalho e forma de produzir. Salientou que o inconsciente já não é o território desconhecido por excelência, ou seja, o seu papel não é, como nunca foi (e aí está o equívoco), um papel repressor do desconhecido - o inconsciente é produtivo, prolífero, delirante e, se bem que não seja colectivo, pode ainda bem ser comunitário (e é esta chave de salvação política duma eventual desorientação que o próprio Foreman deve ter sofrido a dada altura, que eventualmente lhe foi trazida pela colaboração de Sophie Haviland - especulo eu que nada sei da história de ambos). Mas a forma de comunicar por entre estes inconscientes comunitários não pode ser voluntarista/activista - só pode ser experimental, maquínica (até a própria palavra é máquina, instrumento), metafórica, ela própria delirante e em risco permanente de nada dizer afinal. Um trabalho de coragem para o Verdadeiro Artista de hoje - pois, porque ele não se diz pós-moderno, ele sabe bem como vai e porquê, apesar de não saber exactamente para onde.

As falácias da natalidade

Realmente, como muitos disseram, o CDS/PP pode andar satisfeito com as políticas de naciona(nata)lidade deste Governo.
Estas medidas que pretendem indexar as pensões de reforma e agora os descontos da segurança social à fertilidade biológica de cada um são do mais reacionário que há.
Por um lado, que ideia peregrina é esta agora a de que quem tem mais filhos é quem mais contribui para a riqueza da nação?!!! Sugiro que todos os criadores, cientistas, empresários, se revoltem contra esta falácia e reservem também para eles especiais descontos...
Por outro lado, está mais do que provado que a natalidade dos imigrantes compensa perfeitamente a diminuição da natalidade dos nativos - ainda mais agora que os trabalhadores de Leste vêem aí com as suas famílias. O que se teme afinal é a contaminação da nossa cultura (como se ela fosse algo de puro e imutável) por estas novas famílias; o que se devia era apostar em programas que tornassem bem claro para estas novas famílias os valores e vantagens desta mesma cultura, por um lado, mas possibilitando a troca cultural interessada, por outro. E com isto acreditar-se-ia num futuro melhor, em vez de se viver reacionariamente, ou seja, literalmente no medo do futuro.

Cavaco insiste

À imagem das presidências abertas Cavaco afirma querer fazer um roteiro contra a exclusão social. Vamos lá a ver então se consegue visibilizar todos os factores de exclusão social, e não só os ligados à pobreza, à velhice e à violência doméstica (hetero)conjugalmente delimitada. Por outro lado, diz que quer visitar instituições públicas e associações empresariais, mas ainda não falou em ONGs. Preocupa-me que se esteja simplesmente a abrir caminho para o negócio dos serviços sociais (à moda da Nogueira Pinto), retirando do mapa as ONGs.
Por outro lado ainda, interrogo-me se o próprio Cavaco não recearà exclusão. É que ele ostenta as marcas faciais visíveis de quem se trata contra o HIV/Sida - ter-se-à sentido incomodado com isso?

4.29.2006

Abrir os olhos à ONU

Via Renas tive conhecimento desta importante petição. Toca a assinar pessoal!

Boa pub

Publicidade a re-interpretar o universo gay em Portugal - até isso conseguiu o Brokeback Mountain!

Ravenhill

Cheio de humor, ironia e perturbantes transgressões de fronteiras de estereótipos e géneros, "Product" é uma delícia de ver/ouvir. E sente-se o gozo do dramaturgo, agora actor, com tudo isto:)

Mais detalhes aqui.

No cinema

Infiltrado de Spike Lee é tecnicamente irrepreensível mas não tem garra, e acima de tudo não tem raiva. Não é tão mau como She Hates Me mas ninguém diria que é um Spike Lee. Nenhuma personagem reflecte o efectivo sofrimento e discriminação de que é alvo o grupo social a que pertence - tanto negro bem sucedido e glamoroso é bom de ver mas invisibilizar o resto era algo que não se esperava (há uns anos) deste senhor.

As pensões e a esperança de vida

E já lá vão duas falácias: a primeira, que já aqui referi, é esconder que já foram roubados para tempo de trabalho todos os anos a mais de esperança de vida que se conquistaram nas últimas décadas; ou seja, nós já trabalhamos a mais todo o tempo de vida a mais que conquistamos.
A segunda é que a esperança de vida de cada um é a esperança de vida à nascença; não se calcula com base nas melhorias conseguidas hoje.
Tudo para esconder o óbvio: há pensões e reformas antecipadas (com acumulação de segundos e terceiros trabalhos) escandalosas! Há subsídios desbaratados por mal fiscalizados. São essas coisas que delapidam a Segurança Social. Pôr o Zé Povinho a trabalhar mais meia dúzia de meses ou um ano é pouco ganho para a justa impopularidade de medida tão injusta...

A direita é sempre a direita

Tenho andada alheada das notícias e fiquei surpreendida quando várias pessoas comentaram o discurso do 25 de Abril de Cavaco Silva como sendo um discurso da inclusão social. Curiosa, andei a ver o que era isso afinal: pobreza, envelhecimento e violência doméstica, são estes os temas já de tal forma instalados no mainstream que podem até ser referidos pelo economicista Cavaco Silva. E combatê-los como? Com uma vaga campanha e um vago compromisso de "todos". Ou seja: racismo, homofobia, violência infantil, são coisas que continuam a ser empurradas para debaixo do tapete. E campanhas claras, pró-activas, contra essas realidades, nem pio! Afinal sempre foi um discurso de direita, ufff! Temia que com algumas medidas que colam este Governo à direita Cavaco tivesse tido a veleidade de ser de esquerda...

Por casa

1) Cure de Kiyoshi Kurosawa, uma interpretação do género serial killer muito, muito, interessante.
2) rever e voltar a sorrir com Chungking Express de Won Kar-Way
3) a terminar a terceira série de Nip Tuck - sempre surpreendente e com episódios com mais garra aí a partir do 9º.
4) Producing adults: filme lésbico finlandês mainstream, premiado pela crítica no Festival de Estocolmo e também com um prémio num outro festival queer alemão. Vê-se. Escorreito.

Mais impostos pagos em Portugal

Portugal, Espanha e Finlândia abriram o mercado de trabalho, desde ontem, aos trabalhadores de Leste, terminando com o procedimento hipócrita que é aceitar determinados países na UE e manter os seus trabalhadores fora da livre circulação por períodos que podem ir até 7 anos! Acima de tudo é de saudar a possibilidade de legalização e vida mais tranquila para uma série de pessoas.

Gay Chic

O Museu do Design em Zurique apresenta uma exposição de temática gay. Aqui o programa. Até 16 de Julho.

4.26.2006

Por casa

Die reise nach Kafiristan - fotografia lindíssima, guarda-roupa dos anos 30/40 fantástico, e a subtileza de colocar personagens e desejos lésbicos em cenários àrabes. Avisos: filme (muito) lento e história que enerva:) um pouco (mas lá está: se calhar era mesmo o discurso lésbico produzível na Europa dos anos 30/40).

Lisboetas

Documentário urgente para reflectirmos nos nossos diversos racismos; se bem que, para mim, torna ainda mais visível uma especial distância entre nós e os negros africanos, quando comparado com outros racismos sociais, sendo este o racismo mais notório.

4.22.2006

Por casa

Uma surpresa: Coming Out Party. Um conjunto de sketches de vários gays e lésbicas que fazem stand up comedy. Mas não é só para rir. Há um tom de partilha de experiências de vida e também de crítica social muito curioso. Para quando cá um discurso stand up assim?

Sharon (que pedra!:) Stone

Sim, a mulher continua uma brasa em Instinto Fatal 2.
Injusto é mesmo contrastar um envelhecimento que ainda é bombástico (o dela, com 48 aninhos), com um no qual a idade já pesa mais: o da magnífica Charlotte Rampling (de 60).

Laramie

E foi um lavar a alma ver este espectáculo nesta sala, o Maria Matos, principalmente depois da homofóbica adaptação do homofóbico Vagabundos de Nós (Daniel Sampaio), que me tinha deixado de mal com ela. E quanto à coragem (elementar, mas em Portugal ainda rara) de relacionar este crime de ódio com o crime de ódio em Portugal: parabéns, parabéns, parabéns, obrigada, obrigada, obrigada, sr. Diogo Infante!
No comments para: as risadinhas do público que queria à força encontrar uma piada homofóbica em alguma parte da peça:(

4.17.2006

When the one you love doesn't love you (anymore)

Há alturas nas relações em que o Outro se revela muito diferente, ou até mesmo o oposto, daquilo que julgávamos que era ou pensávamos que desejávamos que fosse.
O grau de tolerância de cada um a relacionar-se com as diferenças do Outro varia; e varia com o grau de diferença encontrado e também com o tipo de relação que está disposto a alimentar.
Dizem que demasiada diferença nos surge como ameçadora, que nos destrói a Nós. Mas dizem também que é quando a diferença roça o aparentemente insuportável que descobrimos se efectivamente estamos dispostos a amar ou se simplesmente preferimos relacionarmo-nos connosco, ou seja, com alguém (que imaginamos) mais como Nós.
Eu penso que só amamos quando não há razões. Amo, porque sim! Porque quero, porque aceito, porque me fascina. Porque amo.
Os amores de razões morrem quando as razões ou os interesses mudam, quando as pessoas mudam. E eu acredito que há amores que não mudam, e não morrem - precisamente aqueles que mais aceitam que tudo pode mudar, mas ainda assim sentem que é bem mais simples do que todas as razões, orgulhos, vaidades e cidades dizem, continuar a amar.

Gonçalo M. Tavares

Ofereci a mim própria a leitura de mais um: A perna esquerda de Paris seguido de Roland Barthes e Robert Musil. Apesar da interessante estrutura literária em tabela do segundo, gostei muito mais da literatura wittgensteiniana do primeiro texto. Não conheço muitos livros dele mas diria que é o mais (segundo) wittgensteiniano, apenas porque não imagino como se possa sê-lo literariamente mais.
Mas, mais uma vez, não pensem que é a filosofia que ganha a dianteira nesta literatura; bem, talvez neste mais taco-a-taco (e daí talvez o segundo texto não ser tão bom; nele vence a filosofia, mas não uma excelente filosofia), mas não deixa de ser uma poesia em prosa que manda, sempre! Definitivamente, poesia para filósofos!

4.13.2006

Bandas sonoras do L Word

Pois é, parece incrível, mas só agora comecei a ouvir, graças à Isabel (brigada!:). Ainda vou na da primeira série mas é do melhor!

Amores

"Do grande e pequeno amor" é um fotoromance (hetero) de Inês Pedrosa e Jorge Colombo.
Apesar de ser um elogio dos amores que vivem sempre "à batatada", coisa que não faz nada o meu género, penso que é possível lê-lo como uma vitória do (grande) amor, mesmo quando há guerra.
E dizer que mais? As fotos são lindas (tão longe do fastidioso explícito das fotonovelas!) e a Inês escreve o que queríamos escrever: A vida sem ti dói demais (mesmo quando és um fdp:)! - além de outras intimidades (malandrices) que não ficaria bem escrever aqui:)

4.12.2006

Tristeza ou desgosto é um sentimento humano que expressa desânimo ou frustração em relação a alguém ou algo. É o oposto de alegria. A tristeza pode causar reações físicas como depressão, choro, insônia.

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O ódio é um sentimento de profunda antipatia , desgosto, aversão, inimizade ou repulsão contra uma pessoa, coisa, ou fenômeno, assim como o desejo de evitar, limitar ou destruir o seu objetivo.
O ódio pode se basear no medo a seu objetivo, já seja justificado ou não. O ódio se descreve com frequencia como o contrario do amor, o a amizade; outros, como Elie Wiesel, consideram a indiferença como o oposto do amor.
O ódio não é necessariamente irracional. É razoável odiar pessoas ou organizações que ameaçam ou fazem sofrer.
(Wikipédia)

4.11.2006

Para acabar de vez com as fúrias persecutórias

Por cá reforça-se a febre de perseguir a disseminação de donwloads na web. Noutras paragens já perceberam que há modelos de negócio em que todos ficam a ganhar:
"Desperate Housewives e Lost liberados na web
A partir de maio, e até junho, os usuários da internet poderão baixar gratuitamente episódios das séries Desperate Housewives, Lost, Alias e Commander in Chief
EFE
NOVA YORK - A rede de televisão ABC, de propriedade da Walt Disney, oferecerá durante dois meses download gratuito na internet de algumas de suas séries de maior sucesso, informou hoje a companhia.
A partir de maio, e até junho, os usuários da internet poderão baixar gratuitamente episódios das séries Desperate Housewives, Lost, Alias e Commander in Chief. Os downloads poderão ser realizados um dia após o episódio ir ao ar na rede tradicional da ABC.
O serviço permitirá que os usuários avancem ou voltem o programa, e ainda poderão dar pause, mas não deixarão de ver os comerciais que acompanham os episódios.
A companhia espera financiar o sistema com publicidade, e até agora AT&T, Ford, Procter & Gamble e Universal Pictures mostraram interesse em participar da proposta.
Junto a esta nova forma de fornecer conteúdo aos usuários da internet, a Disney anunciou que lançará no dia 17 de abril um canal de internet banda larga para os usuários da rede da companhia Verizon em que serão emitidos episódios de telenovelas, chamado "Soapnetic".
Junto a estes novos métodos de distribuição, a ABC já vende capítulos de suas séries de televisão de maior sucesso para downloads no reprodutor de arquivos de áudio e vídeo iPod, da Apple.
A iniciativa da ABC anunciada hoje segue o sucesso obtido pela CBS em sua transmissão online e de forma gratuita dos jogos da série universitária de basquete, que atraiu mais de 1,3 milhão de usuários". (estadao.com)

4.10.2006

Novas articulações

A provar que são possíveis novas coligações/articulações entre os parceiros mais inusitados, as feministas pró-escolha e pró-vida associaram-se nesta campanha a favor dum consentimento mais informado das mulheres na doação de óvulos. Esta campanha é também uma importantíssima reflexão sobre os limites/enquadramentos - o tipo de limites/enquadramentos - a colocar à investigação biotecnológica.

Festas Indie

É sabido que não sou a pessoa mais noctívaga do mundo mas por estas festas rendo-me: as curtas eram lindas, bom trabalho VJ, e a música sempre a abrir (para minha grande surpresa 70% dos eighties, e as minhas preferidas! - foi como ir a uma festa de sonho da minha juventude:)

4.06.2006

Sugar rush

Lembram-se desta série lésbica juvenil inglesa? Pois bem, a Oficina do Livro acaba de publicar o livro que lhe deu origem, com o mesmo nome. É uma espécie de Adrian Mole lésbico, o que tem muita piada:)

4.05.2006

Mais vale encontrar do que fazer desaparecer

Naquele que se arrisca a ser um dos posts mais populares do ano:) f. refere o embaraço da amiga a quem a empregada doméstica encontrou um artefacto bem apessoado por entre as penas do edredão. Pois eu digo: quem me dera que o meu empregado doméstico tivesse encontrado algo; em vez disso só soube fazer desaparecer (grrrr!).
Antigamente pessoas como a minha mãe e suas amigas queixavam-se de como esta ou aquela empregada tinham surripiado os melhores atoalhados, ou lençóis de cama, num processo de transferência de enxovais entre classes muito curioso:)
Ora o meu empregado não foi por aí; surripiou nada mais nada menos do que o meu portátil (que estava parado há meses no baú - perdão, na esquina da sala por detrás da mesa de trabalho) e quando reparei já era demasiado tarde para identificar a altura do roubo. Isso e mais meia-dúzia de relógios, mas esses já são peanuts para os empregado domésticos de hoje...
Mas, lá está... quem me manda a mim pequeno-burguesa contratar um gay de meia-idade, de Leste, e sem segurança social, para empregado doméstico - alguém tem de pagar todas estas facturas, e no caso fui eu...

Qu'inbeja!

As Peças Amorosas de André Murraças, Sábado, dia 8 de Abril, às 23h30, no Passos Manuel do Porto - não percam cambada!
Eu só li o livro e vi duas peças na Fnac - mas digo-vos que este é teatro seriamente inteligente.
"As Peças Amorosas" falam de amor, analisam o poder da sexualidade, criticam o sistema e a identificação do género, exploram desejos transgressivos e procuram o desenvolvimento de novas maneiras de examinar a identidade humana. Durante o dia, durante a noite, pelo meio de futilidades e utilidades. Aterramos na terra dos amantes, nas noites passadas em bares e discotecas, no acordar com estranhos, no cuidado com o corpo, nas necessidades de cultura, sexo e prazer, através de personagens perdidas nos amores das suas vidas."
E tudo isto com um grande sentido de ritmo, sempre com uma piscadela de olho camp, com referências à cultura popular e aos estudos queer e muito, muito divertidas:)

4.03.2006

Cursos a fechar?

Parece que vão deixar de ser apoiados pelo Estado cursos com menos de 20 alunos (por ano? por licenciatura? Provavelmente por ano).
Ora bem: em primeiro lugar o próprio Estado deveria apoiar a divulgação do interesse de determinados cursos, em termos da economia do país e da sua empregabilidade. Arriscamo-nos a ter áreas importantes nestes termos sem portugueses. Em segundo lugar, todos os cursos terão agora de promover, publicitar, as suas vantagens - é claro que aqui há cursos com graus de empregabilidade directa baixa (a maior parte das ciências sociais e humanas), mas para os quais se deve salvaguardar duas coisas: o apoio a projectos de investigação (que são uma das saídas) e das duas uma: ou permanece pelo menos um curso da área aberto em Portugal (agora avaliem e arranjem-se para seleccionar qual/onde), ou continuam a abrir em vários sítios, mas não todos os anos (digamos de dois em dois ou de três em três). O que não se pode é fechar completamente a possibilidade destas formações nos próximos anos em Portugal. Mas - e venham as pedras - também não pode de facto o Estado continuar a apoiar vários cursos em vários pontos do país que nada fazem para conquistarem mais alunos. Nas ciências sociais e humanas a falta de compromisso público dos nossos investigadores com a actualidade não é factor de somenos no desinteresse dos potenciais candidatos...

Filmes e livros

Filmes: Breakfast on Pluto, principalmente pela banda sonora que alegrou o meu coração gay:) mas também pela importância da futilidade, de que se falará mais adiante. Em casa, Chutney Popcorn, lésbico inteligente e por vezes hilariante.
Livros: e por falar em futilidades, "As peças amorosas", André Murraças no seu melhor ( este não é um caso de "ter de dizer bem dum amigo", é um caso de "que bom dizer bem de um amigo":) . Em águas subrepticiamente lésbicas AntiChrista de Nothomb - com dois finais bombásticos (quando parece que é o amor que vence, afinal...). E também terminado Terra de Mães de A.M. Homes - não tão deliciosamente sádico como o que dela conhecia mas uma narrativa interessante sobre as ambiguidades das relações mãe-filha.