Blog duma gaja... bem... esquisita, estranha, tarada:) Enfim... queer!

2.22.2007

Não temos vergonha, temos até muito gosto:)

Uma excelente iniciativa da @t!

2.13.2007

A normalidade das grandes conquistas

Para além do elevado e diversificado nível de participação existente na discussão do referendo, que espero se mantenha em muitos outros assuntos, o que mais me apraz, e me traz silenciosamente sorridente, é este passinho para um Portugal despido de fundamentalismos religiosos - e a forma mansa como, hoje, já não somos o que eramos há uma semana. E doeu? Doeu? Não doeu nada:))))

2.06.2007

Fazer a sério!

Daquele que era provavelmente o melhor blogger na àrea das artes performativas para aquela que será provavelmente a melhor revista! Em português, on line e gratuita! Chicha! Obrigada Tiago!

Ler Sade

Projecto sucessivamente adiado e agora empreendido. Particularmente interessada nas suas teses filosóficas, nomeadamente a defesa da naturalidade do mal ou vício, nomeadamente na sua maior capacidade de excitação dos espíritos animais em nós, pois que o bem e o belo, por demasiado simples (é este literalmente o argumento, que tenho muita curiosidade em perceber), não possuem tal eficácia. Nos "120 dias de Sodoma" parece até que o bem e o belo só são despoletadores de paixões pelo contraste com o mal e o feio/sujo, sendo que sozinhos de pouco valem, neste aspecto. Aliás, a prática do bem é totalmente ridicularizada porque inútil (ao corpo e à alma, mesmo à sua salvação), sendo que o bem social é visto como inexistente uma vez que não há contrato social e os mais poderosos se gerem afinal descomplexadamente pelos seus próprios prazeres (no que antecipa Nietzsche), dessa forma pulverizando qualquer imaginário ou desejável corpo social.
Outro aspecto curioso é a valorização do luxo e da artificialidade dos cenários, que denota a necessidade duma grande racionalização prévia à experimentação da lubricidade mais gratificante.
Curioso também é o facto da narração ou do prazer auditivo, ser anterior e fundamento de todas as outras paixões (todas as sesicentas paixões do livro são narradas por quatro historiadoras), que se inflamam por narradas/imaginadas.
A valorização da analidade (alheada da orientação sexual) e da diversidade de práticas e de parceiros são outros aspectos ainda hoje refrescantes.
A tipologização do criminoso violento que retira prazer sexual dos seus crimes (e que representa o extremo da sua tipologia de paixões suscitadas pelo mal) é também fina e detalhada, muito para lá de qualquer caracterização do serial killer das séries televisivas, ou até de O silêncio dos inocentes.
Enfim, as surpresas do costume quando se pega num autor himself...

Por casa

Os episódios 3 e 4 da nova série L Word redimem-se da invisibilidade lésbica dos primeiros e conseguem até gozar com quem, como eu, lamentava a inexistência de sexo escaldante:) Vejam a última cena do terceiro episódio - é de mestre:)
Mesmo sem legendas U-Carmen e-Khayelitsha é a adaptação de ópera a ver. Face a coisas assim Romeu e Julieta de Baz Lhurman é mesmo desnecessariamente barroco, até para mim que sou fã.