Blog duma gaja... bem... esquisita, estranha, tarada:) Enfim... queer!

12.31.2005

Hamish Fulton

Ia a escrever que tenho uma alma andarilha, mas é mesmo é um corpo andarilho:) Adoro andar pela natureza, e muito especialmente à noite (ter aquela sensação fascinante de conhecer um caminho que não se vê, de o fazer com confiança - ai, Arrábida da minha juventude!). Daí que tenha ficado particularmente emocionada com esta coisa de existirem artistas andarilhos... Ora vejam.
Está também no CCB, na colecção Berardo - com um passeio na nossa Serra da Estrela!

Adriana Varejão II

Adriana Varejão I

Fui finalmente ontem ver; ao CCB. Impressionante (o que entrevêm nesta tela/azulejo são tripas, músculos - muito queer este irrompimento...). Adorei particularmente a re-interpretação da nossa azulejaria, logo eu que a acho linda! E muito inteligente o cruzamento de tradições/géneros artísticos e civilizacionais.
Curiosamente temos também a possibilidade de rever uma tela cortada de Lucio Fontana na parte da colecção Berardo em exposição no CCB, seu inspirador, e inspirador também de Helena Almeida (com outra contenção de meios mas também fascinada com as multiplicidades dos planos representactivos e activos) - também com alguns trabalhos expostos na mesma mostra.

12.30.2005

Posts ronronados

Para quem se interrogue como é possível estar tanto tempo a teclar, nomeadamente a postar, eu conto o segredo: é que eu não resisto ao sono ronronante do meu gato ao meu colo e vou teclando, teclando, enquanto ele vai dormindo, dormindo:)...

Corpse Bride

Seria profundamente injusto não mencionar o enorme prazer que foi ver A Noiva Cadáver (e já foi antes do gay cadáver, em Odete:). Perfeito!

A gaia ciência III

"Repare-se que os grandes mestres da prosa foram também, quase sempre, poetas, quer publicamente, quer também apenas em segredo e para a intimidade; e, na verdade, é apenas em presença da poesia que se escreve boa prosa! Pois esta mantém uma guerra permanente e galante com a poesia: todos os seus atractivos dependem do modo como a poesia é constantemente evitada e contradita; todo o abstractum deve ser declamado, por assim dizer, com voz trocista, como ironia contra a poesia (...)"
Se Sócrates não foi praticante de música Nietzsche não deixou de ser poeta. A primeira tradução inglesa de toda a sua poesia foi publicada em... 2004. E por este texto se vê que se deve articular muito significativamente com a sua filosofia.

A gaia ciência II

Depois do elogio a uma certa arte, a provocação a outra:)

"Os artistas glorificam continuamente - não fazem outra coisa - tods aqueles estados e coisas que, segundo reza a fama, são susceptíveis de fazer com que, junto deles ou neles, o homem se sinta bom ou grande, ou embriagado, ou alegre, ou bem-disposto e sábio. Estes estados e coisas que o homem selecciona e cujo valor para a felicidade humana é tido como certo e seguro são os objectos dos artistas. Estes estão sempre à espreita, na mira de os descobrir e de os puxar para os domínios da arte. O que quero significar é que, não sendo eles os avaliadores da felicidade e do homem feliz, estão sempre nas imediações daqueles que avaliam, espreitando com a maior curiosidade e ansiosos por se apropriarem imediatamente destas avaliações. Uma vez que, além desta impaciência, eles possuem também os grandes pulmões dos arautos e os pés dos corredores, estão também sempre entre os primeiros a glorificar o novo Bem e, consequentemente, parece serem os primeiros a designá-lo como bem e a avaliá-lo como tal. Mas, como já disse, isto é um erro: eles são apenas mais velozes e mais ruidosos que os verdadeiros avaliadores. Mas quem são, então, os verdadeiros avaliadores? Os ricos e os ociosos."

A gaia ciência I

Isto é um presente. Água fresca para vós! De 1882! Ora vejam:
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"Incorporar o saber e torná-lo instintivo (...)
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O louvor das virtudes é o louvor de algo que é prejudicial à vida privada - o louvor dos impulsos que privam o homem do seu mais nobre sentimento da procura de si próprio e a força da suprema salvaguarda de si próprio. (...)
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Essa vida que grita a cada um de nós: "Sê homem e não procures seguir-me. É a ti próprio que deves seguir. A ti próprio!" (...) Também nós devemos crescer e florescer livremente e sem temor, em inocente egoísmo. (...)
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Onde se nos depara uma moral, encontramos uma avaliação e uma hierarquização dos impulsos e acções humanas. Estas avaliações e hierarquizações são sempre a expressão das necessidades de uma comunidade, de um rebanho: o que lhe é mais vantajoso em primeiro lugar - e em segundo e em terceiro lugar - é também o critério supremo de aferição do valor de todos os indivíduos. (...) Moralidade é o instinto do rebanho no indivíduo. (...)
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Como é maravilhoso e novo e, ao mesmo tempo, tão terrível e irónico o modo como me sinto no lugar que ocupo relativamente à totalidade da existência, à luz do meu conhecimento. Descobri por mim que o passado humano e animal, na verdade, toda a idade primeva e o passado de todo o ser dotado de sensibilidade continua em mim a compor, a amar, a odiar, a construir deduções - bruscamente, no meio deste sonho acordo, mas apenas para a consciência de que estou a sonhar e de que tenho que continuar a sonhar para não sucumbir (...). Que é para mim, agora, a "aparência"? Não é, em verdade o contrário de uma qualquer essência (...). A aparência é, para mim, aquilo que vive e actua e que vai tão longe na sua auto-ironia, que me faz sentir que aquilo que aqui existe não passa de aparência (...); que "o sujeito cognoscente" é um meio de prolongar a dança terrestre e que, assim sendo, faz parte dos mestres-de-cerimónia da existência e que a consequência sublime e ligação de todos os conhecimentos talvez seja, e venha a ser, o meio supremo de preservar a universalidade do sonho e a compreensão total de todos os sonhadores e assim, também, a duração do sonho. (...)
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Ao longo de enormíssimos períodos de tempo, o intelecto não produziu senão erros. Alguns desses erros mostraram-se úteis e adequados à manutenção da espécie: quem deparou com eles ou os herdou teve mais êxito na luta por si próprio e pela sua descendência. (...) Só muito tarde, surgiram os que contestaram ou puseram em dúvida estes princípios, só muito tarde, a verdade surgiu, enquanto forma menos forte do conhecimento. Parecia que o homem não tinha capacidade de viver com ela, que o nosso organismo estava regulado para o seu oposto (...). Portanto, a força dos conhecimentos não reside no seu grau de verdade, mas sim na sua idade, no seu grau de incorporação, no seu carácter como condição de vida. Onde vida e conhecimento pareciam entrar em contradição nunca se lutou verdadeiramente. (...) Eles [os Eleatas] acreditavam que o seu conhecimento era, ao mesmo tempo, o princípio da vida. Para poderem afirmar tudo isto era, porém, necessário que se iludissem a si próprios sobre a sua própria condição, era preciso que se atribuíssem a ficção duma impessoalidade e duma duração imutável, que não reconhecessem a essência do sujeito cognoscente, que negassem a violência dos impulsos no conhecimento e, de uma forma geral, que concebessem a razão como uma actividade inteiramente livre, como que gerada por si própria. Fechavam os olhos ao facto de que também eles haviam chegado a esses seus princípios pela contradição do que era tido como válido e por aspirarem ao repouso ou à propriedade exclusiva, ou ao poder. (...) A utilidade e o prazer não foram os únicos a tomar partido na luta pelas "verdades", mas igualmente todo o género de impulsos; a luta intelectual tornou-se ocupação, atracção, profissão, dever, dignidade; o acto de conhecer e a aspiração de atingir o verdadeiro passaram por fim a integrar-se, como necessidades, nas outras necessidades. (...) O conhecimento pasou, deste modo, a ser um elemento da própria vida e, enquanto vida, um poder sempre crescente, até que os conhecimentos e aqueles erros fundamentais antiquíssimos acabaram por colidir, todos enquanto vida, todos enquanto poder, todos no mesmo ser humano. O pensador é agora o ser em que o impulso para a verdade e esses erros que preservam a vida travam a sua primeira luta, depois que o impulso para a verdade se revelou também como poder que preserva a vida. Perante a importância desta luta tudo o mais é indiferente: põe-se aqui a questão última sobre a condição da vida, e faz-se aqui a primeira tentativa de responder a essa questão com a experimentação. Até que ponto a verdade suporta a incorporação? Essa é a questão, essa é a experimentação a fazer.
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A nossa gratidão última à arte. Se não tivéssemos acolhido as artes e inventado esta espécie de culto do não verdadeiro, então não conseguiríamos suportar a compreensão da inverdade geral e da falsidade que agora nos é dada pela ciência - a noção de que o delírio e o erro são condições da existência cognoscente e sensível. A honestidade teria como consequência a náusea e o suícidio. Acontece, porém, que a nossa honestidade tem um contrapoder que nos ajuda a evitar essas consequências: a arte enquanto consentimento à ilusão. (...) Como fenómeno estético, a existência é ainda suportável para nós e através da arte são-nos dados olhos e mãos e, acima de tudo, a boa consciência de podermos transformar-nos a nós próprios em tal fenómeno. Por vezes precisamos de descansar de nós próprios, de modo que, olhando-nos de alto a baixo, de uma distância artística, sejamos capazes de rir de nós e de chorar por nós. Temos de descobrir o herói e, igualmente, o tolo que se escondem na nossa paixão pelo conhecimento (...)"
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Dizem que foi da sífilis mas eu acho que é impossível que, em 1882, não tenha sido a solidão a enlouquecer este homem...

Uma verdadeira Orgia

Fui ver Orgia no Teatro nacional D. Maria II. OBRIGATÓRIO! Mil obrigadas e parabéns ao João Grosso.
Sei que não é a primeira encenação cá; não vi a outra. Esta é genial.
E, para quem anda a ler o Nietszche da maturidade, este texto é a cereja no bolo:)
Já sem falar nas considerações finais sobre a história das minorias, sobre o trans-uso dos objectos, sobre o valor do drag... Um must, um must!

A saga continua:)

Como penso que o texto do André marca um certo tom na abordagem do Odete, publico aqui de novo um comentário que lhe fiz, porque realmente não concordo:
André: agora sim, fui ler o teu texto (tinha parado a leitura inicial quando vi a história a desenrolar-se). E eis o que me parece (num tom radicalmente oposto ao teu):
1) A poesia não é mórbida, é sempre libertadora, criativa (neste mundo não há nada como ser inverosímil, como bem viu o João Pedro)
2) Eles não são sombrios (precisamente porque a poesia nunca é mórbida) e não são vítimas porque nos provam que aquilo que se deseja não morre nunca, re-inventa-se. Daí o final ser feliz.
Quanto à consistência na fotografia prefiro O Fantasma - mas considero-o realmente excepcional e a este muito bom.
Quanto à banda sonora, também é falsamente taciturna - e digo isto pela forma irónica e alegre como termina. Na minha perspectiva, claro...
Só uma nota final para dizer que concordo inteiramente com os comentários do Joaquim - os actores estão muito bem mas há ali uma ou outra deixa que era tão fácil ver/ouvir que estava fora do tom...

12.29.2005

O filme de que se fala!

Meninos: adorei, adorei, adorei Odete! Dum ponto de vista queer (e já vi que o realizador não quer ser reduzido a isto, mas que é bom nisto, é), sugiro este meu post: http://damnqueer.blogspot.com/ 20...xualidades.html. Dum ponto de vista mais global o que teria de ressaltar é o grãozinho poético do filme, sempre a infiltrar-se em todos os mecanismos, sempre a fluidificar os sentidos - bonito, muito bonito:)

12.27.2005

Joalherizar o portátil

Fazer de todos os aparelhos portáteis acessórios de moda é uma das grandes tendências de hoje.
Esta é a imagem duma pen pulseira - cool, não?:)

Top Gadgets

Um artigo muito curioso: os melhores gadgets dos últimos 50 anos pela PC World. Líder: o Walkman da Sony:)
Não, o iPod só vem em segundo, e percebe-se porquê. O rei inicial da portabilidade personalizada foi de facto o Walkman...

Mauresmo

Este é para as fãs, que eu sei serem muitas:)
A Mauresmo foi eleita mulher do ano pela Paris Match. Parece que a revista tem muitas fotos dela (digo isto para aquelas que as colecionam, como eu sei que há, não desmintam:). E ainda por cima reparem o detalhe: a gordo anunciada como "Amoreuse". As gayices estão mesmo na agenda, não haja dúvidas!:)

Foi Natal, foi Natal trá lá lá lá lá:)

E lá se foi mais um Natal. Muito bom, obrigada. A noite na família do Mouzo - muita gente, criançada, comida, comida, comida:) - e o dia na minha - pouca gente, sonecas:) [a bébé Maria também dorme], comida, comida, comida:))
Presentinhos q.b. Eufórica com as prendas do Mouzo: a tradução portuguesa das Obras Escolhidas do Nietszche da Relógio de Água! Eu sei, já foram editadas há uns anitos - o primeiro volume é de 97. Mas só ultimamente tenho sentido de novo a necessidade de ler os clássicos, nomeadamente de aproveitar o menor esforço de ler aqueles que já vão existindo em português, coisa que existia muito pouco quando fiz o meu curso. Por falar nisso, fiquei muito desgostosa quando li que afinal a tradução actual que se anda a fazer do Aristóteles - ainda por cima disponível on line - tem uma série de falhas. Ora bolas!
Bem, quanto ao Niezsche, parece que o terceiro volume Humano, demasiado humano, está esgotado - se souberem onde encontrar agradeço que apitem!
Escusado dizer que já estou a terminar O Nascimento da Tragédia (que penso que é um dos que já tinha lido noutra tradução que não me inspirou confiança, mas não tenho a certeza) e que estou abismada com o freudismo avant la letre do texto... É que me parece que existe uma insistente referência à dor e ao sofrimento que é desprezada, talvez como meramente psicológica, na introdução do António Marques, e que me parece demasiado insistente para não ter um lugar filosófico próprio, mesmo na lógica do eterno retorno.
Por outro lado, o pensamento de Nietzsche é profundamente anti-igualitário, no sentido de valorizador da diferença de tudo o que existe, mas politicamente isto resulta como anti-democrático, pois que parece resvalar para uma hierarquia de tipos humanos (que eu prefiro ler como uma hierarquia de tipos filosóficos). Este é um dos principais aspectos que quero tirar a limpo. Enfim, nada como ler os grandes com os nossos próprios olhos de facto.
Outro presentinho bom foi o Harold Pinter e Jerusalém do Gonçalo M. Tavares - que não conheço e que me faz alguma urticária com tanto reconhecimento mas do qual parece ser efectivamente merecedor. Grandes expectativas face a ambos!
Por fim, ofertei uns livrinhos ao Mouzo que eu própria vou espreitar:) Não é que me agradem mais a mim do que a ela (ela é fanática desde sempre e eu sou uma fanática de jovem adultice mas muito afastada nos anos recentes). São uns quantos textos do Pessoa e algumas interpretações. Enfim, até me babo:))
Felicidade é também uns dias de férias nesta Lisboa luminosa e linda da Baixa/Chiado/Bairro Alto (cada vez com mais casalinhos homossexuais de mãos dadas na rua - um verdadeiro luxo de segurança em Portugal...) - ginásio, leitura, loreio, cinema, alguma arte, algumas nights. Enfim, há vidas piores:))

12.20.2005

Olivia Winter Skiing

Não, não são os Olivia Cruises mas preparam-se para ser o must da saison: férias women only na neve... Em Engelberg em Fevereiro, em Argentiére de 18 a 21 de Março e em Zell Am See de 28 de Janeiro a 4 de Fevereiro. Candidatas a pernas partidas procurem os links das reservas:)

Visibilidades femme

O meio associativo lgbti português não é muito dado às femmes. Também conheço poucas na noite lisboeta classe média. Onde parecem existir mais são nas classes mais baixas (nas tardes tradicionais do Memorial) e mais altas (as clássicas lipstick).
Tenho para mim que o femme é tão drag quanto o drag king - mas tem problemas de aceitação e integração nas comunidades lésbicas que não aceitam bem isto. Pensam que são desculpas bissexuais ou defesas contra a homofobia (interior e exterior). Nalguns casos serão, mas em muitos serão apenas outra expressão de género lésbico, um drag queen lésbico.
Penso que a comunidade lésbica classe média de Lisboa está a passar por uma fase de expansão das masculinidades femininas - só se vêem lésbicas butch. Esta fase continua a ser particularmente opressora para as femme.
Por outro lado, e tenho reparado isso com os casamentos lésbicos do Reino Unido, a imprensa tem publicado mais fotos butch do que nunca, seguindo um caminho inverso (indo dum estádio em que parecia que a única lésbica mediaticamente aceitável teria de ser feminina para representações lésbicas butch).
Enfim, tudo suposições e reflexões introdutórias que merecem estudo mais sustentado...

12.14.2005

Bisexualidades, heterosexualidades, homossexualidades

“Note that it may be that the one desire is not in the service of another, such that we might be able to say which one is the real and authentic one, and which is simply a camouflage or deflection. Indeed, it may be that this particular character [mulher bisexual trocada entre homens, um para o qual é bottom, outro em que é top, por ex. anal] can’t find a “real” desire that supersedes the sequence that she undergoes, and what is real is the sequence itself. (…) But it seems fair to assume that a certain crossing of homosexual and heterosexual passions takes place such that these are not two distinct strands of a braid, but simultaneous vehicles for one another.”
Butler
Em Coimbra tive uma conversinha curiosa com o Paulo Vieira e a Sara Caccao, onde ironizei um pouco sobre o Bisexual Perfeito, que seria eventualmente quem se relaciona com as mesmas expectativas sexuais e afectivas com homens e com mulheres.
Ora, eu penso, com a Butler, que as coisas são sempre mais complicadas do que isto e que é díficil distinguir, é mesmo indescernível, no desejo que temos por alguém, que parte é desejo desse outro e que parte é desejo dos outros (homens e mulheres, trans, heteros, homos e bis, etc, etc:) cujo desejo fantasiamos tê-lo atravessado.
Por outro lado, também concordo com a Butler quando ela afirma que a heterosexualidade não é propriedade dos heterosexuais, apesar de o meu corpo só conseguir/desejar praticar heterosexualidades com mulheres, ou com que eu fantasio como mulher. Lol:)
Isto para concluir que uma relação de desejo nunca é o que parece - o que é aliás grande parte do seu sal, não é?:)

Casamento na agenda

O casamento homossexual entrou definitivamente na agenda noticiosa quando são os próprios jornalistas a inquirir candidatos presidenciais sobre ele.
Para isso tem contribuído a campanha da Ilga Portugal pela recolha de assinaturas, assim como o debate realizado, os dossiers dos jornais diários portugueses, e também as notícias das agências internacionais sobre os "casamentos" ingleses (que, ironicamente, não são casamentos mas que, por serem noticiados em inglês, são os que mais contaminam as agendas mediáticas em todo o mundo; note-se como foi diferente com o caso e debates nos países francófonos...).
A estratégia legal da Ilga é boa e é a mesma que eu própria tentei dinamizar na Opus, exactamente com a mesma dificuldade em arranjar casais dispostos a pagar o preço de alguma possível publicidade (chegaram a ser 12 os casais dispostos a avançar mas ninguém esteve disposto sequer a arriscar a publicidade que consistiria em publicitar o nome dos dois num canto do Registo para eventuais contestações:(
E continuo convencida que é apenas uma questão de tempo e de gestão desta agenda até que o 13º da Constituição leve aos efeitos de igualdade que promete.
Apesar de ter muitas reticências pessoais quanto a casar-me e quanto a outras questões de todo este processo, sou a primeira a concordar que as vantagens simbólicas na luta contra a homofobia, pelo efeito pedagógico que esta conquista pode ter, são muitas. Essas vantagens existem já no próprio agendamento da questão. Daí que compreenda a prioridade que muitos dão à luta contra a homofobia mas que entenda que esta questão do casamento faz parte dela - é claro que, em Portugal, tem-se dado prioridade às conquistas legais sobre as sociais e isso algum dia tem que mudar. Mas continua a faltar uma campanha activa do Estado a favor da diversidade, o que seria fundamental numa viragem para uma política anti-discriminação de cariz mais social. É lamentável que um Governo de esquerda não mostre vontade política para isso...

Colóquio Não Te Prives

O Colóquio da Não Te Prives foi também interessante e simpático, com painéis que cruzam academicismo e activismo de forma curiosa e enriquecedora.
Chamo particular atenção para o novo desenvolvimento do projecto educação da Rede Ex-Aequo (parabéns às Caccaocino:), que conta já com uma brochura para professores, e também sessões para profs! Considero este um passo fundamental para entrar sem dramatismo nas escolas, uma vez que os preconceitos dos próprios professores não são o menor obstáculo ao tratamento de algumas questões...

Histórias improváveis

Este é o nome do livro da Angela (Leite). A apresentação correu muito bem e, ao contrário do que supunha, acabou por ser super-familiar:))) E num espaço bem bonito e igualmente simpático, o Clube Literário do Porto.
O livro lá vai fazendo o seu caminho. A Angela estava muito contente com uma carta que tinha recebido do Marcelo Rebelo de Sousa e sei que já a referenciou num programa de TV também:) Merece. Também já sei que há um dramaturgo que quer adaptar alguns textos. Tenho a certeza que muito mais feed-back surgirá porque é um livro realmente invulgar.
Encontram-no na Fnac no espaço de prosa poética.
Este era o texto que poderia ter sido o da apresentação, mas que acabou por ser preterido em favor duma cumplicidade oral mais calorosa:) :
Ousar fazer falar outros sofrimentos/sofrimentos outros

Mais do que qualquer outra experiência humana, os sofrimentos são gritos mudos, estridências silenciosas.
Desafiar literariamente a mudez desses gritos, re-interpretar essa mudez, é completamente diferente de pressupor que existe, garantido à partida, um idioma do sofrimento, do qual alguns seriam melhores intérpretes do que os outros, sendo esses tradutores eleitos os médicos.
É também completamente diferente de pressupor uma qualquer correspondência entre um idioma exterior e uma verdade interior, biológica, do corpo orgânico. Desde logo porque a linguagem do sofrimento não pode ser nunca vista como a linguagem duma verdade meramente individual, do corpo individual, ou da personalidade.
Daí que re-interpretar a mudez desse grito seja re-interpretar os sofrimentos duma dada sociedade, fazendo-os falar de um outro modo. O que não deixa de ser um projecto ousado numa sociedade, medicalizada e farmacologizada, onde se afasta sistematicamente qualquer discorrer heterodoxo do sofrimento.
Daí que este livro não seja fácil, nem para o leitor e decerto nem para a Angela, mas seja urgente. Porque o sofrimento que faz falar é o sofrimento de todos nós, é a conquista de um espaço de invenção de todos nós – um espaço mais humano, um espaço habitável por um maior número de seres humanos, um espaço que possibilita o reconhecimento do sofrimento de um maior número de seres humanos.
E que mais se pode pedir a alguém do que criar as condições para o reconhecimento da especificidade de outras vidas humanas, de outros sofrimentos, de outras alegrias?
Pela autenticidade nesta tarefa muito agradeço à Angela. Pela possibilidade institucional, pública, desta edição, agradeço à editora Pena Perfeita.
Cabe-nos agora, a todos nós, ler e aproveitar o desafio e o novo espaço que este livro oferece. Em diálogo com a nossa mudez, tenhamos coragem de ler então.

Tu

Há um Tu muito grande no meu coração de novo:) Vou ser tia outra vez, trá-lá-lá, lá, lá:)))))
Fica aqui este feto em plasticina em representação de todos os desejos bons que tenho para Ti!

Pós-conjugal, pois

Namorada de Angelina Jolie revela tudo sobre a atriz

A top model Jenny Shimizu revelou ao tablóide britânico The Sun sua relação de 10 anos com Angelina Jolie.Esta é a primeira vez que a modelo comenta publicamente seu namoro com a atriz de Hollywood, bissexual assumida,hoje casada com Brad Pitt.
A lésbica Jenny ( à esquerda ) conta seu namoro e diz porque "nunca haverá" um fim para o relacionamento das duas: "Acredito que vamos continuar tendo uma relação profunda. É mais que sexo", disse ela. "Ela é linda, sua boca é incrível. Nunca beijei alguém com uma boca tão grande quanto a dela. Parecem colchões d'água", acrescentou.
Jenny afirma que o namoro entre Angelina e Brad Pitt "tem vida curta,Talvez ela fique com uma pessoa só, mas acho que ela não consegue ficar sem aventuras durante tanto tempo.Angelina é apaixonada por pessoas e é muito duro pra ela ficar apenas com um amante quando se tem o mundo todo à sua disposição. Não estou dizendo que ela dorme com um monte de gente, mas não consigo imaginá-la casada e feliz".
Segundo a top, Angelina é uma mulher que conta sempre com o companheiro e se ele não pode encontrá-la quando ela quer, a atriz dá um jeito de se satisfazer sexualmente sozinha.
"Sempre que ela quer eu vou visitá-la. Nem sempre é o caso de fazermos sexo. Às vezes vamos até a casa dela no Camboja para explorar a selva", conta Jenny.
"O que temos é definitivamente mais que amizade. Ela é uma pessoa para quem sempre estarei disponível, com quem sempre irei me preocupar e sempre estarei lá para o que der e vier", assinala a modelo.
Jenny contou na entrevista como fazia para encontrar Angelina longe dos olhares maldosos. Para Jenny, porém, será difícil manter o relacionamento firme se os dois mantiverem seus desejos individuais. "Parece que ele veio de um mundo diferente. Ele quer ter filhos e um casamento perfeito. Ela é uma mulher independente e faz tudo que lhe dá na cabeça. Não há um jeito de controlá-la. Ela nunca será uma dona de casa".
Jenny Shimizu conheceu Angelina Jolie em 1993, quando filmavam o drama Foxfire, em Oregon, nos Estados Unidos. Elas então se tornaram amantes. A top relembra que nunca sentiu algo tão carinhoso por uma mulher como com Angelina.
"Eu tinha 24 anos e tinha tido muitas experiências gays com mulheres. Estava num momento arrogante da minha carreira. Foi quando conheci Angelina e passei duas semanas encontrando-na e conversando com ela sem qualquer conotação sexual".
"Sentia que ela não era apenas uma garota bissexual com quem eu dormiria e no dia seguinte ela piraria e sumiria. Nós construímos uma sólida e gostosa relação. Eu sabia que ela seria leal e maravilhosa comigo".
Na época, Angelina namorava o ator Jonny Lee Miller, o que não a impediu de iniciar um romance gay. A atriz se casou com ele em 1996 e o divórcio veio quatro anos depois.
Jenny afirma que o marido de Angelina sabia da relação gay das duas, mas mesmo assim se casou com ela. Ela conta que a atriz colocou tudo em pratos limpos desde o início: "Ela nos expôs seus sentimentos durante um jantar a três. Foi honesta, é exatamente como ela aje sempre, com honestidade".
Quando o casamento terminou, a atriz disse: "Provavelmente teria me casado com Jenny se não tivesse casado com Jonny".
A top model, que "casou" no ano passado com Rebecca Loos durante um programa de TV, voltou a falar com Angelina atualmente.
Angelina Jolie tinha 19 anos quando teve o primeiro encontro gay com Jenny. A modelo perdeu as contas de quantas vezes as duas fizeram sexo: "Era algo tão freqüente na última década", contou ela.
Fonte: Portal Terra
Não resisto a colocar aqui esta notícia, depois das que vi publicadas em Portugal.
E outra coisa: a Jenny pode ser uma top model mas não sei quem anda a "topar" quem:)...

12.07.2005

Colóquio Não Te Prives

Amanhã lá vou até Coimbra participar no colóquio da Não Te Prives. O tema da apresentação é "Novas gramáticas sexuais para cá da linguagem" (há uma gralha no programa) e andará à volta da contra-sexualidade em Preciado, ou seja, apesar de estar na mesa das linguagens passará precisamente por eventuais formas de resistência não discursivas. Outra gralha do programa é que eu não sou da Univ. de Aveiro - não pertenço a nenhuma universidade (mas deve haver alguém com o meu nome que pertence porque não é a primeira vez que aparece este erro). Penso que ainda será possível a inscrição, para os mais retardatários.
Mais diferente, para mim, é a apresentação do livro da Angela, "Histórias Improváveis" na sexta, no Porto - mas vai ser um grande orgulho:)

São só vantagens

Aproveitando a maré de duvidoso entendimento entre PSD e PS na CML, Carmona terá feito aprovar hoje, finalmente, a delegação de competências em si de licença, loteamento e edificação de projectos até 40 mil metros quadrados.
Traduzindo, pode fazer o que quiser com os grandes interesses imobiliários, que lhe agradecerão a si e ao PS, mesmo contra o interesse público e a transparência legal e democrática.
No entanto, não sei se, mesmo delegadas nele as competências, não podem as outras forças políticas impugnar decisões que não sigam as etapas processuais necessárias. Penso que sim, e que o devem fazer sistematicamente. Já sem falar que, quando as licenças forem contrárias ao PDM, mesmo em casos de excepção, devem ser muito bem escrutinadas, no sentido de avaliar se a excepção beneficia a cidade ou meramente os construtores, os agentes imobiliários e os cofres da CML...

Tão amigos que nós somos

Lisboa: Carmona preside, apesar de maioria CDU
PSD e PS cozinham Junta Metropolitana
A eleição do presidente da Junta Metropolitana de Lisboa será ‘subvertida’ no próximo dia 12, com a provável vitória de Carmona Rodrigues, presidente da Câmara de Lisboa, eleito pelo PSD, a força política que menos expressão tem naquela entidade.

A Junta Metropolitana congrega os presidentes das 18 câmaras da Área Metropolitana de Lisboa. São estes que elegem, entre si, o presidente. E, até ao momento, foi sempre eleito um elemento da força política mais representada; aquela que mais presidências de Câmara tem. Mas, no próximo dia 12, tudo indica que será Carmona Rodrigues o escolhido por nove dos 18 presidentes; apesar de a CDU ter o maior número de câmaras (nove) e de o PSD só ter ganho quatro: Lisboa, Sintra, Cascais e Mafra. É que os restantes cinco votos provêm do PS; de presidentes das câmaras socialistas: Amadora, Loures, Montijo, Odivelas e Vila Franca de Xira.Contactado pelo CM, António Preto, líder da distrital do PSD, adiantou que, esta semana, reunirá com o presidente da Federação da Área Urbana de Lisboa (FAUL) do PS, Joaquim Raposo, no sentido de viabilizar a eleição de Carmona. Preto negou tratar-se de uma negociação entre os dois partidos, preferindo chamar-lhe “conversações”, e sublinhou que o voto de Isaltino Morais, presidente independente da Câmara de Oeiras, não é necessário para eleger o autarca de Lisboa.
Sofia Rêgo, Correio da Manhã

12.06.2005

Utilidades:)

Tenho a certeza que todos os senhores feios do PS precisam de um destes: um medidor da qualidade do hálito...

Buscas de podcasts lésbicos

Tentem no blinkx e no Podzinger. Buscam por palavras dentro do próprio ficheiro! O blinkx parece ser mais promissor.

Vereadores PS pró-tachistas

Lugar nas empresas municipais
PS-Lisboa vende-se a Carmona
Há uma fractura na vereação socialista da Câmara de Lisboa. De um lado estão os ‘carrilhistas’ (Manuel Maria Carrilho, Nuno Gaioso Ribeiro e Isabel Seabra), do outro os afectos à Concelhia do PS (Dias Baptista e Natalina Moura). Estes viabilizaram já o negócio da EPUL (Empresa Municipal de Urbanização de Lisboa) no Vale de Santo António, em Chelas, depois de o presidente da Concelhia socialista, Miguel Coelho, ter andado a sondar os camaradas, perguntando-lhes se estariam interessados num cargo numa empresa municipal, apurou o CM.

Coelho sondou muitos, esquecendo-se, no entanto, dos três ‘carrilhistas’. E Dias Baptista chegou a ser indicado para a administração da EMEL (Empresa Municipal de Estacionamento de Lisboa), mas ao CM disse que “mesmo que fosse convidado não aceitaria” porque é vice-presidente do Instituto de Meteorologia.A verdade é que os socialistas têm já uma forte presença nas empresas municipais e pretendem mantê-la. Por exemplo, Leiria Pinto esteve na administração da EMEL até ser, recentemente, nomeado pelo Governo para a CP; Rosa do Egipto, presidente socialista da Freguesia de Santa Maria dos Olivais, está na administração da SRU (Sociedade de Reabilitação Urbana) Oriental e Sérgio Cintra no conselho de administração da SRU Ocidental.

A HISTÓRIA MAL CONTADA DE UMA PROPOSTA
Os ‘carrilhistas’, a CDU, o BE e o CDS-PP queriam inviabilizar a constituição de contratos de promessa de compra e venda dos lotes do Vale de Santo António, pela EPUL, pois ainda não há Plano de Urbanização da zona. Mas o negócio, entre a EPUL e Bernardino Gomes (construtor que tem terrenos em Alcântara), foi viabilizado pelos vereadores socialistas afectos à Concelhia, Dias Baptista e Natalina Moura. O primeiro, na altura, justificou o seu voto com “o estado de graça” a que, diz, Carmona tem direito por ter sido eleito recentemente. Baptista acusou ainda o seu colega de bancada Nuno Gaioso Ribeiro por este ter assinado uma proposta com a CDU sem o informar. Mas o CM sabe que Baptista e a Concelhia do PS tiveram conhecimento da proposta uma semana antes da sua votação, quarta-feira. Mais, Baptista, Miguel Coelho e Rosa do Egipto encontraram Gaioso no passado domingo e nada lhe disseram; optaram por divulgar o desacordo na Comunicação Social.
Sofia Rêgo, Correio da Manhã

Nunca mais voto útil no PS! Vendidos! Sem vergonha!
Ninguém mais acima no partido tem mão nesta gentalha? Jorge Coelho assobia para o lado? E Sócrates? Já chegamos à Madeira ou quê?!!!

Pós-conjugal

“(…) the relations of kinship arrive at boundaries that call into question the distinguishability of kinship from community, or that call for a different conception of friendship. These constitute a “breakdown” of traditional kinship that not only displaces the central place of biological and sexual relations from its definition but gives sexuality a domain separate from that of kinship, which allows for the durable tie to be thought outside of the conjugal frame and thus opens kinship to a set of community ties that are irreducible to family.”, p. 127
“(…) a more radical social transformation is precisely at stake when we refuse, for instance, to allow kinship to become reducible to “family,” or when we refuse to allow the field of sexuality to be gauged against the marriage form. For as surely as rights to adoption and, indeed, to reproductive technology ought to be secured for individuals and alliances outside the marriage frame, it would constitute a drastic curtailment of progressive sexual politics to allow marriage and family, or even kinship, to mark the exclusive parameters within which sexual life is thought.”, p. 130
Judith Butler, Undoing Gender

Fausto morreu

Duvido que tenha morrido. Mas quem não morreu mesmo foi o teatro e a sua pujança na diversidade de propostas cénicas e de conteúdo. No caso é de apaludir a encenação do Carlos (adorei a ironia público/privado da leitura e também a da sensação de teatrinho mental) mas tenho muitas reticências quanto à mensagem do texto. Mas isso acaba por ser o menos; o que é preciso é ritmo e matéria teatral, não é?

Rize

Um espanto de realização. Um espanto de danças. Com a particularidade de em algumas serem relativamente indiferentes as performances de homens e de mulheres.
Mas gostava de saber o que é feito deste pessoal daqui a 10 anos...

12.04.2005

Cry me a river

Há quem chore rios em silêncio, e nesses rios silenciosos deixe levar também todas as palavras - porque não há nunca palavras que cheguem para o fim (?) de um amor.
Há quem chore convulsivamente e não fale de outra coisa senão desse choro, porque outras palavras não chegam - mas calar a dor também não pode.
Não conheço pessoalmente nem uma nem outra, mas admiro-as a ambas, e não acredito que um homem, seja ele qual for, seja ele quem for, impeça a continuação do florescer desse amor. Conhecendo-as um pouco, apenas do que escrevem, nem homem, nem mulher, nem contrato, heteronormativo ou não heteronormativo, as vai segurar.
E era isso que gostava de lhes dizer, de lhes garantir, com sincera amizade, nesta hora difícil.
[este é um post assumidamente enigmático e sobre ele não escreverei nem mais uma palavra; quanto a ele, se fosse um homem inteiro, com a experiência de vida que tem, saberia que um amor para crescer não tem que ceifar outros amores - espero que todos os três o saibam e vivam mais felizes]

12.03.2005

Escola segura

EUA: Escolas não poderão revelar homossexualidade de alunos

Um juiz federal dos Estados Unidos determinou que as escolas do país não poderão revelar a homossexualidade de seus alunos para os pais, mesmo que eles tenham assumido sua orientação sexual no ambiente escolar.

A determinação foi motivada a partir do caso da adolescente Charlene Nguon contra a Garden Grove Unified School, na Califórnia. Nguon costumava beijar e abraçar sua namorada dentro do campus. A diretoria da Garden Groove resolveu revelar a orientação sexual da aluna para sua mãe e pedir que Nguon mudasse de escola.

Para a escola, não houve violação de privacidade porque a aluna era abertamente gay no campus. Esse argumento não convenceu o juiz James V. Selna, que disse que o ambiente escolar deve garantir a segurança afetiva de seus alunos.
(Mix Brasil)

12.02.2005

PS na CML

Escandaloso é o que se passa na equipa PS na CML. Carrilho não consegue liderar e fazer aceitar os acordos que realiza e as cisões levam a uma maioria absoluta PSD que não foi atribuída nas urnas. É preciso vigiar muito bem estes dois vereadores PS... Quero saber exactamente o que os faz correr...

Skype 2.0

Foi lançada a versão Beta do Skype 2.o com vídeo e integração com os contactos do Outlook. Traduzindo, teleconferência face-to-face ao preço da chuva!